Trem passa dentro do estádio durante jogo de futebol

Dificilmente o futebol da Eslováquia desperta interesse da mídia esportiva mundial. Mas um pequeno time da 7ª divisão local é reconhecido por conta de uma aleatoriedade. O TJ Tatran Cierny Balog se orgulha de ter um trem que passa dentro de seus domínios.

O time leva o mesmo nome da pequena Cierny Balog, cidade de 5 mil habitantes. A ferrovia, totalmente operacional, parte do bairro de Jánošovka, passa pelo interior do estádio Cierny Balog, bem na divisa entre o campo de futebol do estádio e as arquibancadas onde ficam os torcedores do time e finaliza a viagem na cidade de Dobroč. O mais estranho de tudo isso é que os trens continuam a usar a linha férrea até mesmo quando uma partida está sendo disputada. O Tatran é um time amador, e boa parte dos jogadores são trabalhadores de fábricas que entram em campo somente nos fins de semana. O maior feito da equipe foi chegar à 4ª divisão em 2006. De lá pra cá, despencou um pouco no futebol eslovaco.

Os torcedores do humilde TJ Tatran Čierny Balog não parecem se importar muito com isso, já que muitos deles aproveitam a obstrução da visão para tirar fotos, gravar vídeos ou simplesmente aplaudir a passagem da locomotiva pelo chão do estádio.

É interessante pensar que esse estádio pode ter fornecido uma nova perspectiva à declaração de que um jogo está “a todo vapor”. O único problema disso tudo é que, se a bola parar na linha férrea na hora da passagem do trem, isso pode significar até mesmo o fim da partida, já que muitas partidas amadoras disputadas lá contam com um número muito limitado de bolas, muitas vezes se resumindo a apenas uma. Ou seja, parar alguns minutinhos para descansar e apreciar a passagem do trem talvez não seja uma má ideia.

A linha férrea foi a primeira coisa a ser construída, há mais de 100 anos, em 1914. O campo de futebol veio na sequência, na década de 1930. E durante anos eram colocados apenas alguns bancos e cadeiras do lado de fora dele, para a torcida. Só que depois o clube quis aumentar o número de assentos e, como não havia espaço, a arquibancada teve de ser construída do outro lado de onde passa o trem.

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