No dia 5 de junho de 1988, o desportista Jaul Pacheco, criou no bairro bageense ‘Mascarenhas de Morais’ uma partida de futebol disputada entre torcedores de Bagé e Guarany residentes na cidade. O juiz foi o ex zagueiro do Bagé Pedro Zico. A partida acabou em 3 x 3. A particularidade desse confronto é que os jogadores participantes, utilizaram como parte do uniforme artigos que fazem parte da indumentária gaúcha, tais como bota com espora e a bombacha. Mais adiante a partida foi, inclusive, realizada como jogo preliminar em alguns jogos oficiais da dupla Ba-Gua. Nestes jogos o juiz arbitrava a partida montado um cavalo, também remetendo às tradições do Estado. No ano de 1988, criou-se uma polêmica, já que os tradicionalistas eram contra a realização deste tipo de evento, protestaram resultando em ações judiciais e o fim destes amistosos.
Ba-Gua é um clássico brasileiro de futebol da cidade de Bagé RS. O confronto envolve o Grêmio Esportivo Bagé (Ba) e o Guarany Futebol Clube (Gua). Já foram realizados 407 clássicos, desde 1921, com 146 vitórias do Guarany, 119 empates e 140 vitórias do Bagé. O Guarany marcou 479 gols, enquanto o Bagé anotou 463. O primeiro clássico ocorreu no dia 31 de julho de 1921, válido pela Taça A. Magalhães, tendo o jogo resultado num empate de 2 a 2. O segundo confronto foi disputado no mesmo ano, no dia 14 de agosto, com vitória do Bagé por 2×1.
Gol dos 70 metros
Em 1953, o Guarany tinha como goleiro o argentino Héctor Lugano, considerado uma fortaleza no gol alvirrubro, até o clássico daquele ano. O zagueiro jalde-negro João Nascimento cobrou uma falta antes do meio do campo. A bola voou por todo o Estádio Pedra Moura, e acabou entrando na meta de Lugano. Foi o gol da vitória do Bagé por 1 x 0, e o gol foi batizado de “o gol dos 70 metros”.
Abandono de campo por árbitro
No clássico Ba-Gua do dia 25 de novembro de 1951, o árbitro Heitor Calvete ofendeu-se com as provocações de um torcedor do Guarany e negou-se a apitar o segundo tempo, tendo de ser substituído por Agostinho Félix de Souza. O Guarany venceu a partida pelo placar de 2 a 1.
Ba-Gua dos 100 tiros
Em 1964 ocorreu um Ba-Gua no Estádio Antônio Magalhães Rossell, que era a primeira da partida da decisão do clássico citadino daquele ano, tendo como resultado um empate em 1 x 1. No final da partida ocorreu um grande distúrbio, e a Brigada Militar efetuou vários disparos para o alto para tentar conter as torcidas. Por causa deste fato, um jornal de Porto Alegre chamado Folha da Tarde noticiou a partida sob a manchete “Ba-Gua dos 100 tiros”, que acabou batizando definitivamente aquele confronto.