Fibromialgia, doença crônica e sem cura

A Fibromialgia é uma doença reumatológica que afeta a musculatura causando dor, acomete 2% da população mundial e é mais frequente em mulheres. Por ser uma síndrome, essa dor está associada a outros sintomas, como fadiga, alterações do sono, distúrbios intestinais, depressão e ansiedade.

A fibromialgia é uma doença crônica e ainda sem cura. Ela age no sistema nervoso central, interferindo em como o corpo recebe e processa a dor. Médicos e especialistas ainda não conseguiram determinar o que causa, de fato, a fibromialgia.
Ainda que não tenha cura, a fibromialgia pode ter seus sintomas tratados com massagens, remédios, atividade física, fisioterapia e acompanhamento psicológico. Com os devidos cuidados, é possível ter controle dos sintomas e aumento na qualidade de vida do paciente.
Apesar de mulheres entre 20 e 50 anos representarem de 70% a 90% dos casos, a fibromialgia pode aparecer em homens, pessoas idosas e crianças. Estima-se que cerca de 3% a 6% da população dos Estados Unidos conviva com a doença hoje, entre pessoas comuns e celebridades, como a cantora Lady Gaga.

Veja o que famosos falaram sobre seu convívio com a fibromialgia, colaborando para a quebra de tabus e estigmas envolvendo a síndrome.

Lady Gaga
Lady Gaga que completa 38 anos no dia 28 de março, enfrenta, já há vários anos, batalhas contra dor crônica que inclusive já a levaram a cancelar shows em turnê. Em 2017, ela recebeu a confirmação de que seu caso se tratava de fibromialgia. O documentário sobre a vida da cantora, chamado “Five Foot Two”, lançado pela plataforma Netflix, em 2017, contém cenas dos bastidores em que é possível ver Gaga lidando com crises de dor. No documentário, a cantora também fala sobre sua dificuldade em encontrar tratamento e as técnicas de controle dos sintomas. Segundo a cantora, “dor crônica não é piada. É acordar todos os dias sem saber como você irá se sentir”.

Morgan Freeman
O único homem da lista, Morgan Freeman é uma das poucas celebridades do sexo masculino a falar abertamente sobre sua condição. Após sofrer um grave acidente de carro em 2008, no qual teve múltiplas fraturas ao longo do braço, o ator passou a experimentar dores que chamou de “excruciantes”, mesmo anos após o ocorrido. Em 2015, durante uma entrevista, Freeman afirmou fazer uso de maconha para aliviar as dores. Ainda nessa entrevista, Freeman citou os benefícios do uso da planta em pacientes que sofrem ataques epilépticos graves, e se mostrou favorável à legalização.

Sinead O´Connor
A cantora irlandesa se afastou dos palcos em 2003, por razões médicas e familiares. Em 2005, a Sinead deu uma entrevista na qual declarou que “fibromialgia não é curável, mas é possível lidar com ela”. “Eu tenho alta tolerância à dor, e isso ajuda. É com o cansaço que eu tenho mais dificuldade” afirmou. Seu afastamento dos palcos durou pouco. Ainda em 2005, a cantora decidiu retomar sua carreira, desta vez compreendendo os limites impostos pela doença e reduzindo situações de stress, de modo a evitar crises.

Janeane Garofalo
A atriz e comediante Janeane Garofalo fala abertamente sobre sua vida com fibromialgia, assim como sobre suas batalhas com doenças emocionais, como ansiedade e depressão. Conhecida por atuar em filmes como “Dogma” e “Versões de um crime”, a atriz hoje se apresenta em teatros de comédia stand-up. Garofalo incorporou a fibromialgia em suas rotinas de apresentação como forma de lidar com as dores frequentes.

Dani Valente
A roteirista e criadora de conteúdo, a brasileira Dani Valente mudou-se com o marido e a filha para Los Angeles em 2015. Um ano depois, foi diagnosticada com fibromialgia. Em 2017, Dani deu uma entrevista na qual afirmou sentir dores no corpo e depressão por não conseguir manter sua rotina. Ela mantém uma espécie de diário virtual onde fala principalmente sobre sua rotina com a fibromialgia e como driblar sintomas e crises. Segundo Valente, seus textos e relatos têm o objetivo de gerar mais informações sobre a doença e oferecer esperança para as pessoas que convivem com a síndrome. “Quantas vezes no auge da dor, exaustão e depressão eu procurei algo para ler assim e não encontrei. Se eu ajudar apenas uma pessoa, já fico feliz. Escrevo de coração”, diz.

Frida Kahlo
Apesar de não ter sido diagnosticada com a doença, muitos historiadores acreditam que a artista mexicana sofria de fibromialgia pós-traumática. Um dos sintomas da doença são dores generalizadas, algo de que a pintora reclamava ao longo de sua vida adulta.

Rosie Hamlin
A primeira mulher latina a ser honrada pelo Rock and Roll Hall of Fame, Rosie Hamlin foi a cantora do grupo “Rosie and the Originals”, famoso na década de 1960. Rosie continuou a se apresentar até 2002, quando precisou se aposentar devido à fibromialgia avançada. Em 2011, a cantora revelou em uma entrevista que precisou de alguns anos para entender sua nova realidade, limitada pela presença da síndrome.

Mary McDonough
A atriz, roteirista e diretora estadunidense foi diagnosticada com lúpus e fibromialgia. Para ela, as condições começaram após implantes mamários colocados na década de 1980. Ela relata que levou cerca de 10 anos até conseguir entender seus sintomas. Além da fadiga, a atriz também apresentou vermelhidão em seu rosto, um sinal característico de lúpus. Os sintomas da atriz também incluíam rigidez muscular e perda de cabelo, causada por uma desordem na absorção de colágeno.

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