És a nobre Infantaria!

Dia 24 de maio é o Dia da Infantaria. A infantaria é a arma mais antiga do Exército e geralmente dotada dos maiores efetivos, formada por soldados que podem combater em todos os tipos de terreno e sob quaisquer condições meteorológicas, podendo utilizar variados meios de transporte para serem levados à frente de combate. Sua principal missão é conquistar e manter o terreno, aproveitando a capacidade de progredir em pequenas frações, de difícil detecção e grande mobilidade. A infantaria contemporânea frequentemente emprega o princípio de fogo e movimento para atingir uma posição dominante em relação àquela do inimigo.

História
A infantaria com seus combatentes, os infantes, desde a antiguidade, sempre foram a principal força combativa de um exército. Uma notável exceção foram as sociedades nômades, como os hunos ou mongóis, que lutavam basicamente com soldados montados a cavalo.

A infantaria tradicional teve suas origens nos combatentes gregos e romanos, que lutavam em grupos compactos, armados de espadas e lanças e protegidos por couraças e elmos metálicos.

A legião romana aperfeiçoou a organização da infantaria em unidades e subunidades, o que hoje é base da organização dos exércitos modernos. Uma legião era dividida em dez coortes, por sua vez divididas em um número variável de centúrias, que eram compostas por cerca de cem homens cada. A legião romana podia ter entre 3 mil a 6 mil homens.

Com o surgimento das armas de fogo, ao final da Idade Média, a infantaria passou a ter organização tática e emprego diferente, sendo empregada em linhas contínuas de atiradores, lado a lado que se contrapunham à outra linha, em frente, do inimigo. Como as armas da época, os arcabuzes e os mosquetes, tinham uma cadência de tiro muito lenta, os atiradores eram complementados por outras tropas armadas com armas brancas, longas lanças, chamadas piques. Com o passar do tempo as armas de fogo foram sendo aperfeiçoadas e os piqueiros foram desaparecendo gradualmente, sendo que o seu papel foi substituído pela baioneta, uma lâmina afiada que é adaptada na boca dos fuzis e serve para proceder o combate corpo-a-corpo.

A evolução e aumento da capacidade das armas de fogo fez com que a infantaria deixasse de ser empregada em linhas de atiradores. O desenvolvimento da artilharia, no século XIX, quando as armas passaram a ter maior alcance e maior número de disparos por minuto, também contribuiu para que o emprego da infantaria fosse alterado.

Na Guerra de Secessão, Guerra do Paraguai e Guerra Franco-Prussiana, os infantes passaram de atuar somente em linha e passaram cavar trincheiras para a proteção. A Primeira Guerra Mundial ficou conhecida como a “guerra das trincheiras” pois o maior poder de fogo da artilharia e das metralhadoras barrou o movimento da infantaria. Apesar de, durante a Segunda Guerra Mundial, os carros de combate da cavalaria passarem a ter um papel importante nas grandes ofensivas, a infantaria ainda era a mais numerosa das armas e responsável pela ocupação e manutenção do terreno tomado ao inimigo. Ao ser transportada em veículos, ela passou a ser conhecida como infantaria motorizada ou mecanizada.

Uma forma especializada da infantaria é o fuzileiro naval, cujo transporte é feito pelas marinhas em navios de guerra especialmente preparados para o desembarque, além de contar com carros anfíbios que podem sair do mar diretamente para a terra em condições de combate.

O Uniforme
No tempo das guerras de Napoleão Bonaparte, de 1769 a 1821, os soldados possuíam uniformes vistosos e coloridos, como as roupas dos nobres da moda para serem reconhecidos pelos pares e se distinguir do inimigo na confusão do campo de batalha. Com o passar do tempo e a evolução das armas e das técnicas de guerra os uniformes passaram a ser de cores que os confundissem com o ambiente de entorno, o que ficou conhecido com uniforme camuflado.

Canção da Infantaria

Canção da Infantaria, letra: Hildo Rangel e música: Thiers Cardoso

Nós somos estes infantes
Cujos peitos amantes
Nunca temem lutar;
Vivemos, Morremos,
Para o Brasil nos consagrar!

Nós, peitos nunca vencidos,
De valor, desmedidos,
No fragor da disputa,
Mostremos, Que em nossa Pátria temos,
Valor imenso, No intenso, da luta.

És a nobre Infantaria,
Das armas a rainha,
Por ti daria, A vida minha,
E a glória prometida Nos campos de batalha,
Está contigo, Ante o inimigo,
Pelo fogo da metralha!

És a eterna majestade nas linhas combatentes,
És a entidade, Dos mais valentes.
Quando o toque da vitória marcar nossa alegria,
Eu cantarei,
Eu gritarei:
És a nobre Infantaria!

Brasil, te darei com amor,
Toda a seiva e vigor,
Que em meu peito se encerra.
Fuzil! Servil!
Meu nobre amigo para guerra!

Ó! meu amado pendão,
Sagrado pavilhão,
Que a glória conduz,
Com luz,Sublime, amor se exprime.
Se do alto me falas, todo roto por balas.

Refrão:
És a nobre Infantaria,das armas a rainha!
Por ti daria, A vida minha,
E a glória prometida Nos campos de batalha,
Está contigo, Ante o inimigo,
Pelo fogo da metralha!

És a eterna majestade nas linhas combatentes,
És a entidade,
Dos mais valentes.
Quando o toque da vitória marcar nossa alegria,
Eu cantarei, Eu gritarei:
És a nobre Infantaria!

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