Coisas que não teríamos hoje sem a Primeira Guerra Mundial

Ambulância
Preocupados com a integridade física de seus soldados, o Exército Espanhol contava com ambulâncias para buscar seus soldados. Os veículos tinham corpo de carroças e carruagens montado em chassis. O escritor Ernest Hemingway foi condutor de uma ambulância durante o conflito.

Pilates
Joseph Hubertus Pilates nasceu em Mönchengladbach, próximo a Düsseldorf, Alemanha, raquítico e asmático, mas não desistiu de praticar esportes. Emigrou para Grã-Bretanha em 1912, e quando a guerra estourou, ele foi para um campo de prisioneiros. Lá incentivava os colegas de prisão a se exercitarem. Usando molas de colchão e faixas das camas, ele desenvolveu o método hoje mundialmente famoso. Mais tarde, ele imigrou para os Estados Unidos.

Absorvente
Durante a Primeira Guerra Mundial, os militares precisavam de uma forma mais eficaz para cobrir feridas e fazer a bandagem de soldados, ainda mais em um período em que o algodão se tornava escasso. Em 1914, a companhia norte-americana Kimberly Clark descobriu que a polpa da celulose da madeira poderia virar mais do que simples papel, mas um material cinco vezes mais absorvente que o algodão, e mais barato, o cellucotton. Em um tempo em que as mulheres usavam panos e objetos similares para sua menstruação, não demorou muito para as enfermeiras perceberem que o novo papel-absorvente da Kimberly poderia também ser usado com esta finalidade. A empresa redesenhou o produto, transformando-o no absorvente que as mulheres usam hoje.

Zíper
Desde o século 19, as roupas eram fechadas por laços, fitas, argolas e presilhas para tentar manter o frio do lado de fora. Um imigrante sueco que foi morar nos EUA, Gideon Sundback é que conseguiu dominar a arte de fechar roupas com o que chamou de “prendedor sem ganchos”. As forças armadas americanas compraram a invenção, especialmente a Marinha, introduzindo o chamado fecho-éclair em uniformes e botas. Mas a vida civil logo incorporou a nova praticidade.

Controle de tráfego aéreo
Foi na Primeira Guerra Mundial que o exército americano instalou o primeiro rádio de comunicação dos pilotos com a torre de controle. Até então, não existia nenhum tipo de contato e os pilotos permaneciam isolados durante todo o percurso de voo.

Cirurgia plástica
Estilhaços eram causas de muitos ferimentos no rosto. Diferentes dos ferimentos a bala, os pedaços de metal retorcido podiam desfigurar rostos e membros. O cirurgião neozelandês Harold Gillies se horrorizou com o estado dos soldados e foi um pioneiro nas técnicas de reconstrução facial.

Banco de sangue
Embora transfusão de sangue não fosse desconhecida no início do século 20, geralmente era feita diretamente de uma pessoa para outra. Um médico militar americano, Oswald Robertson, estabeleceu o primeiro banco de sangue no front, quando, em 1917, usou citrato trissódico para prevenir a coagulação. O sangue era mantido no gelo por até 28 dias.

Chá em saquinhos
Descobertos por acaso em 1908 por um distribuidor americano que não soube usar corretamente a amostra de chá enviado por um importador inglês, os saquinhos de chá se popularizaram durante a Primeira Guerra a ponto de fazerem parte da ração dos soldados. A Inglaterra dominava a seda da qual era eram feitos os saquinhos e o chá que vinha de suas colônias orientais. A apresentação de fibra de papel, porém, não surgiu antes de 1930.

Comida enlatada
Industrializada foi uma das que mais progrediu na Primeira Guerra Mundial. A fome era constante. Devido ao conflito, lavouras se perdiam, e a comida fresca era escassa. As grandes potências dependiam da comida de suas colônias, mas isso não era suficiente para alimentar população civil mais as tropas. Comida enlatada era relativamente fácil de produzir e entregar.

Passaportes
O mundo antes de 1914 era bem permeável, e os cidadãos de diferentes países podiam cruzar fronteiras sem a burocracia e formalidade de permissões de viagem. Embora passaportes não fossem invenções novas, não eram unificados nem fiscalizados, de maneira que tinham valor quase nulo. A invenção do trem, na segunda metade do século 19, começou a espalhar populações por toda a Europa.
Pouco antes da guerra estourar, a maior parte dos visitantes simplesmente ia e vinha para onde queria sem documentos. A Liga das Nações começou a fazer exigências para reforçar a segurança e controle de emigração, incluindo o formato de caderneta usado até hoje. Com o tempo, os requerimentos foram aperfeiçoados.

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