Cidade na Espanha rastreia e aplica multas nos proprietários a partir de testes de DNA dos pets
A prefeitura de Madri, na Espanha, decidiu multar os donos de cães que não recolhem as fezes de seus animais de estimação. Os proprietários podem receber multas de até 1,5 mil euros (cerca de 6 mil reais) se descumprirem a lei. A polícia se concentra em dois distritos da cidade onde muitos donos de cães não recolhem as fezes de seus animais.
Várias cidades da Catalunha estão usando um método de analise de DNA para descobrir de quais cachorros são os cocôs encontrados nas ruas e assim multar seus donos.
A empresa que comercializa a técnica surgiu dentro da Universidade Autônoma de Barcelona (UAC). Onze cientistas viraram a equipe do “CSI da bosta”, como foram apelidados pelo população. Eles usam métodos desenvolvidos nos EUA.
“Nos Estados Unidos há comunidades e cidades onde antes de se alugar um apartamento para alguém com animais a lei exige que os pets sejam identificados por DNA. Se aparecem fezes elas são identificadas e se multa os donos. Há locais onde o problema praticamente acabou”, diz Oscar Ramírez, da empresa Vetgenomics, que levou a ideia para cidades como Sitges, Parets, Tordera e Seu d’Urgell. Outras localidades na Catalunha mostraram interesse, assim como o governo de Andorra.
Para o sistema funcionar, as prefeituras devem mudar regulações para que além dos chips de identificação já obrigatórios, os donos tenham que registrar geneticamente os animais. A técnica é simples: o proprietário leva o animal ao veterinário, que extrai uma amostra de sangue e a envia á empresa, que faz um censo genético canino. A prefeitura paga pelo procedimento, que custa €25.
Quando se encontram fezes na rua, um funcionário da prefeitura recolhe a amostra e envia para a empresa. A prefeitura paga € 35 pela análise, que identifica o animal e seu dono. As multas variam entre € 300 e 600, dependendo da cidade.
O ponto fraco da técnica são as fezes de animais não registrados. Para isso, a empresa incentiva que os municípios que participam desenvolvam uma base de dados comuns. Algumas assembleias locais planejam sugeriu ao governo da Catalunha que se obrigue o registro de DNA de todos os cachorros, para realizar o sonho de ruas livres de excrementos.