Localizado em Horizontina, no noroeste do Rio Grande do Sul, o MEA – Memorial da Evolução Agrícola representa um marco na forma como a história da agricultura é apresentada e vivenciada. Este complexo, que é uma combinação de arte, educação e lazer, oferece uma nova perspectiva sobre a importância da agricultura na vida de todos, seguindo a ideia de que, ao comer, estamos diretamente envolvidos com a agricultura.
O MEA foi inaugurado no dia 15 de dezembro, um espaço onde a evolução da agricultura no Brasil é explorada de maneira altamente tecnológica e imersiva. Trata-se de um complexo com mais de 64 mil metros quadrados que conta com uma exposição de longa duração – altamente tecnológica e imersiva – da história de como a agricultura se desenvolveu no país.
Oferecendo uma experiência única, o prédio Memorial abriga a exposição de longa duração que une rigorosa pesquisa multidisciplinar, espaços museográficos imersivos e muita tecnologia digital e sensorial. Quem visitar o local, verá salas ricas em cenografia, equipamentos de época, painéis, vídeos, displays contendo grãos, ferramentas e maquinário do passado e do presente.
Além disso, diversos espaços serão convidativos à interação, sendo possível tocar, pegar e até subir em equipamentos. Dois deles, uma cabine de uma colheitadeira e uma cabine de um trator, contarão com simulação em realidade imersiva, proporcionando aos visitantes vivenciar a experiência de pilotar o maquinário em meio à lavoura.
“O MEA se diferencia por ser um espaço que pensa a agricultura como um processo ancestral de produção de alimentos, com muitas complexidades e camadas, que vem se sofisticando ao longo dos anos e atualmente pode compreender tanto processos manuais como aqueles altamente tecnológicos”, pontua Karina Muniz Viana, doutora em Museologia e Patrimônio e coordenadora Técnica e de Governança do Memorial.
A narrativa contempla questões históricas, sociais e regionais, passando por temas como a agricultura tradicional, a evolução agrícola, as transformações em termos de manejo do solo, como o Plantio Direto, a agricultura tradicional e também visões de futuro. “O objetivo é sermos um grande centro de produção de conhecimento, unindo agricultura, arte, cultura, esporte, educação e meio ambiente em prol da sociedade – não só de Horizontina e região, mas para todos os que se interessam pelo tema e buscam referências de qualidade em um ambiente de convívio e reflexão”, explica a museóloga.
Tendo como proponente o Instituto John Deere, o projeto contou com um orçamento de R$ 73 milhões. Desse total, R$ 53 milhões foram captados através da Lei Rouanet de incentivo à cultura. A doação do terreno onde está localizado o complexo – que ocupa quatro quarteirões na área central da cidade e está avaliado em R$ 14 milhões – foi feita pela John Deere Brasil. O restante do investimento foi feito pela SLC Agrícola e doações de pessoas físicas e jurídicas.
Lazer, educação, cultura e esporte
O MEA é um complexo de arte, cultura, educação, meio ambiente, esporte e lazer. Na área do complexo há, além do prédio Memorial, o prédio Fabril, que será ocupado por uma unidade do Senai e pelo Centro de Inovação John Deere.
O complexo conta com quadras esportivas, academia ao ar livre, café, salas multiúso para atividades como dança, teatro, artes plásticas e experimentações artísticas, playground, loja, espaço para feira ao ar livre, tornando-se um ambiente de convivência, cultura e educação. A expectativa é que o complexo receba mais de 30 mil visitantes em 2024.
O MEA conta com apoio da Fahor – Faculdade de Horizontina e da Prefeitura Municipal de Horizontina. O projeto de arquitetura do complexo foi desenvolvido pela Liberali Arquitetura e o projeto museográfico é assinado pela Straub Design.
Todas as atividades são gratuitas e de classificação livre. O horário de funcionamento do prédio Memorial: de quarta a domingo, das 9h às 17h. Na Área externa: de terça a domingo, das 8h às 22h.
Assista o projeto e da equipe Liberali Arquitetura & Design e parceiros.
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